Lançado anualmente no Dia Mundial da Água, levantamento da SOS Mata Atlântica analisou 162 locais do bioma; governo Tarcísio de Freitas disse que intensificará ações voltadas à despoluição do rio.
Estudo da Fundação SOS Mata Atlântica revela que, no último ano, não houve melhora significativa na qualidade da água dos rios da Mata Atlântica monitorados por voluntários da organização. No bioma onde vivem mais de 70% da população brasileira, apenas 6,9% dos pontos analisados apresentaram água de boa qualidade. O levantamento apontou qualidade regular em 75% dos casos, ruim em 16,2% e péssima em 1,9%, sendo que não foram registradas amostras que possam ser consideradas ótimas. Quase 20% dos pontos analisados, portanto, não têm condições mínimas para os usos múltiplos da água – como agricultura, indústria, abastecimento humano, consumo animal, lazer ou prática de esportes.
Os dados são da edição de 2023 da pesquisa “O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica”, realizada pelo programa Observando os Rios, que conta com o patrocínio da Ypê. Pela primeira vez, os resultados serão apresentados na Conferência da ONU sobre a Água, que esse ano acontece em Nova York, em 22 de março, Dia Mundial da Água. Os dados ressaltam a condição frágil dos recursos hídricos brasileiros neste momento de emergência climática, demandando atenção imediata dos gestores públicos e da sociedade.
O relatório apresenta o retrato da qualidade da água em bacias hidrográficas do bioma por meio de dados do Índice de Qualidade da Água (IQA), levantados pela rede de 2.700 voluntários que integram o Observando os Rios. Com base em coletas mensais entre janeiro e dezembro de 2022, foram realizadas 990 análises em 160 pontos de 120 rios e corpos d’água em 74 municípios de 16 estados da Mata Atlântica.
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